
Ele anda por aí. Está ocupado a cheirar todas as rosas do jardim que ela cuidou. De vez em quando voa perto do rio dela e tenta falar-lhe mas o rio não lhe acredita nos olhos. Ás vezes ela nem o vê chegar. Adora vê-lo chegar. Ele esta encantado com outras rosas.E ela deitada, com o frio a fazer-lhe da pele uma pista de dança. O rio deixou-a fugir e agora estão frente a frente, ele e ela, e a chuva. Ela chora. Ele toca-lhe no rosto e diz que as rosas de cristal lhe aquecem o coração. Ela chora. Ele mostra-lhe as costas e parte para sempre mais uma vez. Ela cai no chão, com a chuva. E ficou. Ficou até ouvir o rio a gritar-lhe as saudades com o coração. E correu para o rio. Fugiu do mundo, seguiu o pequenino palpitante que a magoa sempre e obedeceu-lhe.
Deu a mão ao rio e nunca mais olhou para o raiozinho de Sol.