5.4.12

O vento enganou-se. Está a levar o sol em vem de me levar a  mim. Porque é que o relógio voltou a ser tempo? Faz dele só um relógio, outra vez, anjinho.A vontade que me voltes a perguntar se sou possível acorda-me tantas vezes. Quero que sejas tu a acordar-me. Tu enfeitado de buraquinhos negros, oh. Tenho tantas saudades das reservas de mel que levas nas pupilas. Dá-mos outra vez, vende-me sonhos para eu tos pagar com vidros de memórias que armazenei nesta eternidade, sem sol. Segreda-me que o espelho te mente, beija-me a testa e morre, mas volta de manha para me acordar. Chega-te pertinho e sorri baixinho, inspira-me todas as sensaçoes que me nadam na pele, para as sentirmos juntos. Cobre-me e faz das minhas costas tua mesa de trabalho, segreda-me que querias voltar a voar comigo mas o teu coração nao se conseguia levantar do chão. 

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