30.11.11

Andavas como o mar, cada onda tua balançava na minha costa com uma serenidade mesmo á minha medida, como que inocente mas ao mesmo tempo levavas contigo pedaçinhos meus , ainda nao sei de mim. Era tudo cheiroso e verde, sempre contigo. Deixavas-me sempre flutuante. Mas nasceste com o coração três tamanhos abaixo, anjo-mau. Falto-te eu a compo-lo. Falto-te sempre eu. E faltas-me sempre tu. O teu peito já não é peito, é vazio, engoli-o. E tu engoliste o meu. Ainda estou por ai perdida. E tu estás perdido.

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