18.5.11

Paira um ambiente bizarro no espaço. Natureza que me envolve em harmonia plena, contrasta com o reboliço que me destrói, pedaços de fogo indenominados que me arrancam pedaços de alma com se fossem lobos a arrancar carne de carne. Pedaços arrancam pedaços.
O Sol de fim de tarde quente ainda me escorre na pele e sinto os olhos a arder com o sal da água do mar que me resta no corpo. E eu com esta droga viva a queimar-me o sangue. As pessoas que me passam nos lados julgam-me louca,  mas eu já quebrei as regras, já não quero saber. E a noite vai caindo meia a medo. Oh , tenho tantas saudades desse dia em que tudo voltará a ser como já foi, nessa tarde aflorada em que voltaremos a escrever os nomes no céu. Tenho saudades tuas, meu amor, das manhãs doces que perdemos com brigas inúteis, tão cheirosas essas manhãs.
E a água que passeava nas veias das ervas que piso passou agora para mim e a febre antes morta no chão sobe-me agora muito rápido , e passa a correr-me nas veias, essa febre que me corre todos os vasos como ácido. Estás no quarto, no nosso quarto, que já foi só teu, e agora pertence-me também a mim. E não podes! Tens que correr para perto dos meus olhos. Corre que o tempo já me fugiu, fugiu-me como tu. Corre o mais rapido que puderes para eu te acalmar o fôlego(dentro dos possíveis). Corre para mim. Voa para junto do vento que me envolve a pele escassa de ti. Corre para mim rápido, vamos esquecer a verdade e beijar o perfume um do outro. Corre, não demores. Até já anjo mau *


Lembraste ? Eu nunca me esqueço...

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