7.3.11

-Entras em êxtase enquanto me vicias os lábios, não é? Sentes prazer em fazer-me cair aos teus pés e tentas de tudo para eu to dizer. Vezes sem conta. Só para repetir, repetir que me tens em ti, como se não chegassem as minhas certezas. Esse teu egoísmo dá cabo de mim, deixa-me despedaçado e quem me dera que não soubesses disso. Só te interessa uma imagem -a tua. Estás tão a leste para os outros. Só tu própria te compreendes, não é? Quando passas com esse ar de superior juro que só me apetece desaparecer por me sentir tão pequeno. O teu perfume corta-me a respiração e tu sabes tão bem disso que nem eu próprio consigo calcular o tamanho das tuas temeridades. Estou tão perdido na tua alma, nesse precipício."Tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas"..  Pois bem, suspeito que não tenhas a noção do que tens em mãos. Sou eu. E não é só por agora. Deixas-me na reserva das ultimas forças. Eu confesso, sempre que me apareces, o medo limpa-me as lágrimas de saudade. Abres-me o apetite de loucura. És selvagem. Controlas-me tão seguramente. Assustas-me. Possuis-me o nome de um jeito tão frio, tão teu. Estou a morrer...
-Eu sei bem que o meu perfume te deixa louco, sei-o tão bem !

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