Chega de paixões platónicas. O que me interessa hoje é caçar almas palpáveis. Daquelas que se sentem na pele. Hoje estou simples. Apetece-me o fácil, só hoje. Anseio pelo real, comum, sujo. Preciso do real quase como preciso da tua saudade. Da tua extravia por mim. Hoje quase me digo hábil a ser igual a ti. Fraco, débil, impotente, frágil, belo. Estou com medo, pavor aliás. Fico horrorizada só de pensar que já não me cansas o nome no senso. Nesse intimo medonho. E vou-me assim a baixo. Caio no chão como os fracos. Flácida. Mas só porque sou pessimista e só porque quero tudo de uma vez, só porque te julguei digno de te dares todo a mim.
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